ATA DA SEPTUAGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 03.09.1999.

 


Aos três dias do mês de setembro do ano de mil novecentos e noventa e nove reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas foi efetuada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Antonio Hohlfeldt, Antônio Losada, Carlos Alberto Garcia, Clênia Maranhão, Cyro Martini, Décio Schauren, Elói Guimarães, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, João Dib, Juarez Pinheiro e Renato Guimarães. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Cláudio Sebenelo, Eliseu Sabino, Fernando Záchia, Gilberto Batista, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Hélio Corbellini, João Motta, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Saraí Soares, Sônia Santos e Tereza Franco. Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias da Ata da Sexagésima Quinta Sessão Ordinária, que foi aprovada. À MESA foram encaminhados: pela Mesa Diretora, o Projeto de Resolução nº 20/99 (Processo nº 1375/99); pelo Vereador João Carlos Nedel, 15 Pedidos de Providências; pelo Vereador Gilberto Batista, 03 Pedidos de Providências e 01 Emenda ao Projeto de Lei do Executivo nº 21/99 (Processo nº 935/99); pelo Vereador Hélio Corbellini, o Pedido de Informações nº 123/99 (Processo nº 2787/99); pelo Vereador João Dib, o Pedido de Informações nº 124/99 (Processo nº 2793/99); pelo Vereador Luiz Braz, o Pedido de Informações nº 119/99 (Processo nº 2756/99). Também, foram apregoados os seguintes Ofícios, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre: de nº 484/99, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 27/99 (Processo nº 2847/99); de nº 485/99, encaminhando Veto Parcial ao Projeto de Lei do Executivo nº 09/99 (Processo nº 1837/99). Ainda, foi apregoado Requerimento do Vereador Artur Zanella, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando o desarquivamento do Projeto de Lei do Legislativo nº 134/92 (Processo nº 1649/92). Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nºs 01/99, do Vereador João Dib, Presidente da Comissão Especial constituída com a finalidade de analisar o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 03/99; 02/99, do Vereador Elói Guimarães, Presidente da Comissão Especial constituída para analisar o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 01/99. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Carlos Elói Lima Padilha, Presidente da Associação dos Moradores do Jardim das Estrelas, que discorreu sobre o funcionamento do Programa de Orçamento Participativo de Porto Alegre, defendendo a edição de normas destinadas a regulamentar esse programa como forma de garantir seu funcionamento. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Luiz Braz, João Carlos Nedel, Isaac Ainhorn, Clênia Maranhão, Décio Schauren e Gilberto Batista manifestaram-se a respeito do tema abordado durante a Tribuna Popular. Na ocasião, constatada a existência de “quorum”, foi aprovado Requerimento do Vereador Guilherme Barbosa, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na Vereança o Suplente Giovani Gregol, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e Justiça. Também, os trabalhos estiveram suspensos das nove horas e quarenta e sete minutos às nove horas e quarenta e nove minutos e das nove horas e cinqüenta e três minutos às nove horas e cinqüenta e quatro minutos, nos termos regimentais. A seguir, o Senhor Presidente registrou que será realizada homenagem à Semana da Pátria, nos termos do Requerimento nº 173/99 (Processo nº 2551/99), de autoria do Vereador Nereu D'Ávila, e ao primeiro aniversário da TV Universidade - UNITV, por solicitação do Vereador Antonio Hohlfeldt, através de acordo entre os Líderes de Bancada, informando que os Vereadores que se manifestarão em nome da Casa deverão utilizar o período de Comunicação de Líder. Compuseram a Mesa: o Vereador Nereu D’Ávila, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Coronel José Luis Mafalda, Chefe da Casa Militar e representante do Senhor Governador do Estado do Rio Grande do Sul; o Desembargador Alfredo Guilherme Englert, representante do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul; o Senhor Mauro Henrique Renner, representante da Procuradoria Geral de Justiça; o Senhor Estilac Xavier, Secretário Municipal de Obras e Viação e representante do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Senhor Pedro Lucena, representante da Liga de Defesa Nacional; o Capitão-de-Fragata Milton José Couto Prado, representante da Delegacia da Capitania dos Portos em Porto Alegre; o Tenente-Coronel Washington D’Almeida Santana, representante do Comando Militar do Sul; o Tenente-Coronel José Newton de Almeida, representante do 5º Comando Aéreo Regional; o Capitão Gilberto Soares Lindemann, representante do Comando Geral da Brigada Militar; o Senhor Carlos Alberto Carvalho, Presidente do Conselho Gestor da UNITV; o Senhor Ricardo Schneider da Silva, representante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS; o Senhor Luiz Fernando Gatti, representante da Faculdade São Judas Tadeu; o Senhor Mário Menezes, representante da Associação Riograndense de Imprensa – ARI; o Vereador Adeli Sell, 1º Secretário da Casa. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Antonio Hohlfeldt destacou a importância das comemorações da Semana da Pátria como reafirmação da vontade popular em consolidar a democracia. Também, saudou a TV Universidade – UNITV pelo seu primeiro aniversário, historiando o processo de fundação dessa emissora e salientando a importância de suas atividades para a população gaúcha. O Vereador João Dib prestou sua homenagem à Semana da Pátria, destacando a importância da união de todos os brasileiros na busca de soluções para os problemas enfrentados pelo País. Ainda, parabenizou a TV Universidade – UNITV pelo transcurso do seu primeiro aniversário de fundação, salientando a contribuição dada por essa emissora para a divulgação e análise das questões nacionais. O Vereador Luiz Braz, ao congratular-se com a TV Universidade – UNITV, manifestou-se sobre as atividades desenvolvidas por essa emissora e ressaltou a qualidade da programação veiculada pela UNITV. Também, homenageou a Semana da Pátria, destacando a importância da liberdade para a manutenção do regime democrático no Brasil. O Vereador Carlos Alberto Garcia comentou a importância da participação da TV Universidade – UNITV junto à comunidade porto-alegrense, mencionando o caráter informativo e educacional da programação diariamente transmitida por essa emissora. Ainda, analisou os conceitos de “Pátria” e “Governo”, afirmando que “os Governos são transitórios; a Pátria é perene”. O Vereador Isaac Ainhorn salientou a relevância da atuação dos partidos políticos na consolidação da democracia no Brasil e reportou-se a fatos históricos que representaram a manifestação do amor dos brasileiros pela sua Pátria. Também, parabenizou a TV Universidade – UNITV, destacando a forma pedagógica utilizada por essa emissora na veiculação de seus programas. O Vereador Lauro Hagemann examinou o conceito de “Pátria” e a sua interpretação frente à atual conjuntura nacional. Saudou o transcurso dos duzentos e vinte e seis anos da Câmara Municipal de Porto Alegre, comentando as atividades desenvolvidas por este Legislativo ao longo de sua história e cumprimentou a TV Universidade – UNITV pela passagem do seu primeiro aniversário de fundação. A Vereadora Clênia Maranhão, ao referir-se às comemorações alusivas à Semana da Pátria, discorreu sobre as vitórias políticas conquistadas pelo povo brasileiro através das lutas em favor da democracia. Ainda, congratulou-se com a TV Universidade – UNITV pelo transcurso do seu aniversário de fundação, exaltando o trabalho desenvolvido pela emissora na transmissão de programas culturais. A Vereadora Helena Bonumá registrou a importância das comemorações alusivas à Semana da Pátria, comentando o quadro político hoje vigente no país e propugnando por uma maior reflexão sobre a questão da defesa da soberania nacional. Também, destacou a importância do trabalho desenvolvido pela TV Universidade – UNITV na democratização do acesso à informação por parte da população de Porto Alegre. O Vereador Gilberto Batista parabenizou a TV Universidade – UNITV pela passagem do seu primeiro aniversário de fundação, ressaltando a excelência das atividades dessa emissora na transmissão de programas voltados às áreas da cultura e do conhecimento. Ainda, prestou sua homenagem à Semana da Pátria, afirmando o seu orgulho em ser brasileiro e sua disposição em lutar por um País melhor. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Senhores Carlos Alberto Carvalho e Pedro Lucena, que agradeceram a homenagem hoje prestada por este Legislativo ao primeiro aniversário de fundação da TV Universidade – UNITV e destacaram a importância do registro feito por esta Casa relativamente à Semana da Pátria. Às onze horas e dezessete minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às onze horas e vinte e três minutos, constatada a existência de “quorum”. Após, o Senhor Presidente convidou os Senhores Vereadores para participarem da solenidade de descerramento da fotografia do Vereador Luiz Braz na Galeria dos Ex-Presidentes, no Salão Adel Carvalho. Às onze horas e vinte e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às doze horas e dois minutos, constatada a existência de “quorum”. Em continuidade, constatada a existência de “quorum”, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador João Dib, adendado pelos Vereadores Juarez Pinheiro e Renato Guimarães, solicitando alteração na ordem dos trabalhos e de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, após ser encaminhado à votação pelo Autor, tendo os Vereadores Cyro Martini e Elói Guimarães manifestado-se a respeito. A seguir, constatada a existência de “quorum”, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento do Vereador Pedro Américo Leal, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia seis de setembro do corrente. Foi aprovado o Requerimento nº 177/99 (Processo nº 2605/99 - Sessão Solene em homenagem aos cento e noventa anos de nascimento de Luiz Braille e em comemoração ao Dia Mundial da Pessoa Portadora de Deficiência), de autoria do Vereador Décio Schauren. Foi aprovado o Requerimento nº 194/99 (Processo nº 2789/99 – Comparecimento dos Senhores Prefeito e Vice-Prefeito Municipais de Porto Alegre para prestarem esclarecimentos sobre o prêmio “Prefeito Criança 1999”), de autoria do Vereador Renato Guimarães, por dezoito votos SIM e quatro votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt, João Dib, Elói Guimarães, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães e Luiz Braz, em votação nominal solicitada pelo Vereador Nereu D’Ávila, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Antonio Hohlfeldt, Cyro Martini, Décio Schauren, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gilberto Batista, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, João Dib, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Saraí Soares e Guilherme Barbosa e Não os Vereadores Eliseu Sabino, Luiz Braz, Paulo Brum e Sônia Santos. Foi apregoado o Requerimento nº 114/99 (Processo nº 1578/99 - Constituição de Comissão Temporária Especial para examinar a situação das demandas do Plano de Investimentos do Orçamento Participativo), de autoria do Vereador João Dib, tendo o Senhor Presidente, face Questões de Ordem e manifestações dos Vereadores Juarez Pinheiro, Isaac Ainhorn e João Dib, prestado esclarecimentos a respeito da tramitação deste Requerimento e determinado fosse o mesmo enviado à apreciação das Comissões de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos e de Urbanização, Transportes e Habitação. Ainda, o Vereador Antonio Hohlfeldt informou que protocolará Requerimento solicitando seja ouvida a Comissão de Constituição e Justiça com relação à necessidade de manifestação das Comissões Permanentes da Casa quanto ao teor de Requerimentos em tramitação neste Legislativo, tendo os Vereadores Juarez Pinheiro e Antonio Hohlfeldt manifestado-se a respeito. Às doze horas e cinqüenta e dois minutos, constatada a inexistência de "quorum", o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Nereu D'Ávila e Juarez Pinheiro e secretariados pelo Vereador Adeli Sell. Do que eu, Adeli Sell, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Juarez Pinheiro): Por gentileza, solicitamos a todos os Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras que se dirijam as suas tribunas para que façam o registro da senha que será utilizada no painel eletrônico. Por orientação da empresa que instalou o equipamento é solicitado que somente após apagarem-se as luzes do painel, os Srs. Vereadores, obedecendo o que dispõe, naquele momento, o equipamento individual, façam o registro de suas senhas. Portanto, não registrem as suas senhas enquanto não desaparecerem os nomes no painel, e no visor do equipamento individual, aparecer a inscrição: “digite a sua senha”. Por gentileza, não o façam antes. Solicitamos aos funcionários da Diretoria Legislativa que liberem os painéis. Se algum Vereador tiver dificuldade, informe aos funcionários da Diretoria Legislativa.

 

(Procedem-se aos registros das senhas dos Srs. Vereadores.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Ávila): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. Carlos Elói Lima Padilha, representando a Associação dos Moradores do Jardim das Estrelas, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos.

 

O SR. CARLOS ELÓI LIMA PADILHA: Bom dia, Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores desta gloriosa Câmara de Vereadores de Porto Alegre!

Hoje eu estou aqui em nome da minha comunidade, Jardim das Estrelas, e das demais associações comunitárias aqui representadas, para trazer ao conhecimento dos Senhores e da população de Porto Alegre a história do Orçamento Participativo da Cidade.

Eu tenho, aqui, os Planos de Investimento de cada ano da Administração Popular de Porto Alegre. E nesses onze anos, quem escreveu as prioridades e carências das comunidades não foi o PMDB, o PDS, o PL, nem o PDT. Foi o partido popular de Porto Alegre - com o seu Prefeito, com as suas Secretarias e com os Srs. Vereadores - que elaborou esses documentos. Dentro desses livros aqui tem uma história muito triste, que, há onze anos, está deixando as pessoas de baixa renda decepcionadas. Setenta por cento disso aqui não foi feito, foram promessas eleitoreiras. É o líder comunitário que está falando, não o líder partidário nem o candidato a Vereador. Aqui está a história, se quiserem dar uma olhada e fazer uma reflexão sobre o assunto está à disposição. De tudo isso, só 30% foi feito; foi aplicado, injustamente, na pavimentação comunitária, quando muitos trabalhadores, até hoje, não conseguiram comprar uma bicicleta.

Como Conselheiro da Região Sul do Orçamento Participativo, trouxe alguns registros de duas comunidades daquela região que estão à espera do Orçamento Participativo desde 1992: PI/92 - Demanda: extensão de rede d’água para Peri/Santa Bárbara, R$ 10.940.000,00; PI/92 - DMAE: extensão de rede d’água para Vila Santa Bárbara R$ 49.100,00; PI/92 - DMAE: esgoto cloacal nas duas vilas, R$ 93.311.347,00; PI/93 - SPM: Demanda 932896: regularização fundiária para as duas vilas, R$ 115.336,00 para custeio; PI/94 - Demanda 941585: reurbanização e abertura de largura de acesso das duas vilas R$ 2.000.000,00; PI/95 - DMAE: novamente entrando água para a Vila Peri/Santa Bárbara, R$ 10.000.000,00; PI/96 - Demanda 961674: cinqüenta lotes urbanizados para colocar a Vila Santa Bárbara no Chapéu do Sol - isso justifica que a regularização não saiu. E a verba, onde é que foi? É por isso que precisamos fiscalizar e saber onde estão esses recursos.

Prezados Vereadores, para surpresa nossa, sobre todas essas verbas que entraram para essas duas comunidades e que nada foi feito: prestação de contas do Plano de Investimento de 1998 - Demanda 982233: chanframento de talude, na Vila Peri, obra paralisada devido ao estudo da SMT para o 9º traçado da Av. Wenceslau Escobar, que poderá atingir a área em questão. Nada foi feito e estes registros aqui mostram. Essa é a história do Orçamento Participativo de Porto Alegre.

PI/98 – Saúde - Demanda 981592: ampliação e transformação do posto avançado da Juca Batista em frente ao Beco do Abelar, R$ 150.000,00. Nada foi feito, meus companheiros!

PI/98 - SMT - Demanda 981498: construção de uma rótula na Juca Batista com Cristiano Kraemer, R$ 20.760,00. Nada foi feito! Para dar um exemplo: só uma família, das que moram na Juca Batista, tem quatro atestados de óbito de familiares seus, mortos ao atravessar aquela Avenida onde nós pedimos que fosse feita uma rótula.

Habitação. Eu, como Presidente da Associação de Moradores do Jardim das Estrelas, e os moradores, em 1991, conseguimos a reintegração de posse. Nós organizamos, em Porto Alegre e no Estado, a primeira cooperativa habitacional autogestionável, da qual muitos políticos estão tirando proveito, dizendo que eles criaram essa alternativa. Mas eu tenho a ata de fundação da primeira cooperativa e tenho a comprovação na história do cooperativismo.

Eu agradeço à comunidade do Jardim das Estrelas, ao seu Presidente, representante, à sua assessoria técnica, ao Sr. Luís Antônio Luisi e ao Sr. Felisberto Luisi, do departamento jurídico da cooperativa. Há anos, nós vimos lutando para resolver o problema de habitação para uma parte das famílias carentes de Porto Alegre.

Regularização fundiária em Porto Alegre. Quando a última vila foi regularizada, dando o título de posse da casinha, do apartamento, Getúlio Vargas era vivo: foi a Vila do IAPI, na Volta do Guerino. Até hoje nenhuma outra vila foi regularizada. Agora está entrando, no Orçamento Participativo, uma proposta de contrato para aquelas famílias que moram na Vila Planetário, uma tal “concessão real de uso”. Eu acho que isso aí é condenar, para o resto da vida, aquelas pessoas que estão morando lá, pois essa concessão é dada por trinta anos, depois é renovada por mais trinta anos, por mais trinta anos, mais trinta anos, mais trinta anos, mais trinta anos, e a pessoa nunca vai ter direito ao título de posse sobre o seu imóvel. Isso tudo pagando as taxas exigidas pela Administração e pelo Governo Municipal.

Eu acho o cúmulo o que estão fazendo com as nossa vilas comunitárias, que precisam tanto de uma administração séria e responsável nessa questão.

Para a Cooperativa Jardim das Estrelas, no PI/96, entraram, está neste livro aqui, R$ 261.000,00 para ser dividido em cinco cooperativas, para reurbanização de lotes. Até hoje não chegou nada na Cooperativa Habitacional Jardim das Estrelas; não sei o porquê.

No período de 1995 - Demanda 950810 - DMAE: Esgoto Cloacal da Vila Trevo de Ouro, no Bairro Guarujá; R$ 149.400,00. Nada chegou lá até hoje, e temos de ter uma fiscalização mais ampla.

Por isso estou aqui, posicionando a opinião dos nossos moradores e das nossas associações comunitárias sobre a institucionalização e a regularização do Orçamento Participativo, pois essa bola de neve que existe desde 1989 não pode continuar, justamente por essas provas negativas que nós temos sobre o Orçamento Participativo.

O Orçamento Participativo é bom, mas ele tem de ser regulamentado, tem de ser responsável pelo dinheiro público que corre nas esferas municipais e, muitas vezes, com a aprovação da Câmara de Vereadores, tardando na fiscalização das obras.

Há desemprego de trabalhadores de baixa renda; hoje Porto Alegre está abandonada, está uma tapera para esses trabalhadores. As empresas de maior potência, que dariam emprego aos porto-alegrenses, estão em Viamão, em Gravataí e em Cachoeirinha, como a Pepsi-Cola, a Coca-Cola, a Brahma, a Souza Cruz, e lá na Restinga, onde existe um parque industrial em que o Poder Público enterrou milhões e milhões de reais, e até hoje sequer foi colocada uma fábrica de cachaça naquele parque.

Nós temos que ter consciência e saber qual é a nossa briga para regulamentar o Orçamento, justamente para garantir esse direito, já que ele existe de fato e nós o queremos de direito. A população de Porto Alegre quer mais do Orçamento Participativo, mas institucionalizado e garantido por Lei, para as comunidades não serem penalizadas, sofrendo, iludidas, como a comunidade da Vila Peri-Santa Bárbara, no Bairro Tristeza, que está desde 1992 esperando por água. Acho que até já morreram de sede, e até hoje nada chegou a eles.

Eu tenho uma promessa de 1993, quando eu já era Conselheiro do Orçamento e o cidadão Tarso Genro, candidato a Prefeito de Porto Alegre, foi ao Orçamento Participativo e levou este documento, meus companheiros, para que os comunitários saíssem a pedir assinaturas aos eleitores porto-alegrenses para conseguir quarenta mil assinaturas a fim de regular o Orçamento Participativo. Conseguimos vinte mil assinaturas e até hoje o Orçamento Participativo não foi regulamentado .

O que o Sr. Tarso Genro fez a nós, comunidade? Mentiu com o documento. Era isso que os Srs. Vereadores tinham de saber e entenderem porque nós estamos aqui para regulamentar o Orçamento Participativo.

Agora, Srs. Vereadores, nós comunitários autênticos de Porto Alegre, trazemos aqui um repúdio para que esse grupo partidário, que anda fazendo vandalismos, como em 1993 um cidadão, Vereador, foi agredido aqui dentro desta Casa, por uma cidadã partidária.

Em 1994, um cidadão da Brigada Militar foi degolado com uma foiçada no Centro de Porto Alegre. Seguidamente a Assembléia Legislativa é invadida com pedras e pauladas.

Há pouco tempo a RBS foi agredida por esses cidadãos. Há poucos dias esses mesmos cidadãos viraram-se de costas, desrespeitando esta Casa e os Srs. Vereadores que representam a maior parte da população porto-alegrense. Isso não é ser comunitário, nós não queremos isso aí.

Comunitários tem trabalho com a sua comunidade e não tem tempo para andar fazendo vandalismos em parte nenhuma da Nação Brasileira, e não tem o direito. Era isso aí, meus companheiros.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Luiz Braz, nos termos do artigo 206 do Regimento.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Quero saudar o Sr. Carlos Elói Lima Padilha, quero agradecer a defesa que ele faz desta Casa e dos Srs. Vereadores que foram agredidos na última manifestação que teve, aqui, do Orçamento Participativo.

Está sendo distribuído na porta do Plenário um panfleto do Conselho do Orçamento Participativo que vem, apenas, corroborar com as palavras do Sr. Carlos Elói Lima Padilha, porque, para defender a não regulamentação do Orçamento Participativo, fala mais uma mentira, ou tenta passar mais uma mentira para a população.

Está escrito aqui o seguinte: “pela proposta do Ver. Isaac Ainhorn a função do Orçamento Participativo passaria para a Câmara Municipal. Ora, não pretendemos isso, pretendemos que o movimento comunitário seja livre, seja independente, que as associações comunitárias possam ter força, que os líderes comunitários possam, novamente, ter força de reivindicação, que as comunidades possam ter força de pressão tanto sobre o Executivo quanto sobre o Legislativo, que seja o grande poder, que o poder esteja nas mãos da população”.

Concordamos com o orador que deixou a tribuna, que não podemos apenas corroborar com esta tentativa de controlar as massas, de colocar as massas sob cabresto para que façam exatamente o que o Executivo quer. Parabéns. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. João Carlos Nedel.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Senhoras e Senhores, gostaria que o Orçamento Participativo fosse, realmente, o que parece e que deveria ser; gostaria que o Orçamento Participativo fosse um instrumento para realizar a vontade do povo; gostaria que ele, realmente atendesse a necessidade da população. Eu gostaria que não fosse apenas o arremedo de um plano, mas uma verdadeira peça do orçamento municipal. Eu gostaria que o Orçamento Participativo fosse executado conforme consta dos planos de investimento. Eu gostaria que não só os Vereadores, mas também toda a população de Porto Alegre, tivessem meios de cobrar da Administração Municipal, seja ela quem for, a transformação do orçamento em obras reais.

Falei que gostaria de tudo isso porque, por enquanto e infelizmente, ainda não é assim, e está muito longe de ser. E digo que tudo isso é por enquanto, porque acredito, firmemente, que a Câmara de Vereadores saberá, no tempo certo, aprovar a Lei que regulamentará o Orçamento Participativo e vai lhe dar existência legal. Só pela legalização é que o Orçamento Participativo expressará, verdadeiramente, a vontade popular. Só a legalização do Orçamento Participativo possibilitará o atendimento das necessidades mais críticas de cada região, sem deixar de lado as necessidades da Cidade como um todo. Só pela legalização do Orçamento Participativo os cidadãos e as comunidades poderão fiscalizar a sua execução e cobrar do governo municipal as obras não-realizadas.

O Orçamento Participativo deve, então, ser legalizado, para que possa se tornar verdadeiramente Orçamento Participativo e deixe de ser Orçamento Figurativo. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Guilherme Barbosa solicita licença para tratamento de assunto particular no dia três de setembro de 1999.

 

(Obs.: Foi aprovado Requerimento de licença do Ver. Guilherme Barbosa e dada posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra. (Palmas.)

Eu pediria a platéia que não se manifestasse, pelos termos regimentais as manifestações são restritas.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Senhor Presidente e Srs. Vereadores, queremos saudar a presença de vários segmentos comunitários, aqui, nesta manhã de hoje, que vêm-se posicionar em relação a institucionalização do Orçamento Participativo na Cidade de Porto Alegre. Essa luta, que vem-se desenvolvendo já há muitos anos, em que projetos já foram debatidos, em que esse assunto, neste ano, se constitui o centro dos debates desta Casa, em torno de uma maior oxigenação, em torno de um processo democrático de maior participação da sociedade na discussão dos investimentos da Cidade, numa visão do Orçamento Participativo com lei, em que o povo tenha voz e a democracia tenha vez da forma mais ampla possível, queremos dizer, saudando o companheiro Padilha, que ele colocou coisas muito sérias e nós já conseguimos desmistificar uma posição que era levada por muitos segmentos, que queríamos acabar com o Orçamento Participativo desta Cidade. Absolutamente, nós queremos aperfeiçoar o instrumento para que ele seja mais democrático, para que ele seja, efetivamente, um instrumento de grande participação popular, de um conjunto cada vez maior de cidadãos, se puder, que seja um milhão de eleitores participando das decisões, muito melhor, se for vinte, cinqüenta, cem mil, ao contrário dos quinze, vinte mil que participam hoje, muito melhor. Queremos deixar claro, aqui, que o nosso Projeto é um projeto que entrega a coordenação e a definição do Orçamento Participativo para as comunidades. Nem a Câmara, nem o Executivo terão esse papel de coordenação, é a comunidade que vai se auto-organizar na definição dos investimentos que as autoridades públicas, seja do Executivo ou do Legislativo, devam fazer.

Por isso, Sr. Presidente, por Emenda deste Vereador a este Projeto, anualmente, teremos possibilidade de aperfeiçoá-lo com as propostas vindas da comunidade organizada, do conselho participativo.

A exemplo do orçamento, que todo ano é discutido e votado nesta Casa, a legislação do Orçamento Participativo será, anualmente, examinada e aprofundada para vermos os aperfeiçoamentos que deva sofrer.

Por isso, Sr. Presidente, encerramos, dizendo que o Orçamento Participativo com lei é a concretização de um processo democrático muito maior.

Reconhecemos o mérito dos companheiros que trouxeram, para a prática do quotidiano da Cidade de Porto Alegre, o Orçamento Participativo.

Mas nós queremos dizer, também, que o que se impõe para o aperfeiçoamento do instituto, para que ele não seja um instrumento de atrelamento ao Poder Executivo ou à Câmara Municipal, é que ele, efetivamente, tenha uma lei mais detalhada, regulamentando o papel da participação da comunidade nos investimentos e nos destinos da Cidade.

Orçamento Participativo com lei é a palavra! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Vera. Clênia Maranhão está com a palavra.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, lideranças que acompanham este debate, lideranças comunitárias, delegados do Orçamento Participativo, porto-alegrenses.

Em nome da minha Bancada, o PMDB, nós queríamos reafirmar o compromisso do nosso Partido com a participação da comunidade na definição do orçamento de qualquer cidade ou município.

Nós estamos aqui para apoiar a posição que foi defendida e que tem sido defendida nas comunidades de Porto Alegre, aqui expressa na palavra do Presidente da Associação dos Moradores do Jardim das Estrelas, Elói Padilha.

Nós acreditamos que a participação da Câmara na legalização do Orçamento Participativo nos dará, efetivamente, a possibilidade de fiscalizarmos as decisões e a vontade da população de Porto Alegre que se organiza, se reúne e participa dessas reuniões.

O que nós não podemos mais é compactuar com a realidade que há hoje em Porto Alegre, onde os líderes comunitários, onde as pessoas saem durante várias noites, meses e anos a fio, colocando as suas posições, os seus sonhos, a sua vontade, exigindo água, saneamento básico e moradia. Essas são questões fundamentais para a população que tem de aguardar dois ou três anos, sem que o Executivo Municipal cumpra as decisões da comunidade. E nós, os Vereadores, ficamos de mãos amarradas, porque não temos uma lei para apoiar a comunidade, para que ela possa, junto com o Parlamento, exigir do Executivo, exigir da Prefeitura de Porto Alegre o cumprimento da sua vontade.

Estive visitando dezenas e dezenas de obras exigidas pelas comunidades, e que não foram cumpridas. Participação é para melhorar a vida do cidadão. Não adianta a comunidade sair, se esforçar, se reunir, exigir, e o Poder Público não respeitar a sua decisão. Nós queremos o Orçamento Participativo e muito mais, queremos também que a população participe, que a sua vontade seja garantida e que as obras sejam construídas. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Décio Schauren está com a palavra.

 

O SR. DÉCIO SCHAUREN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é importante dizer que o Orçamento Participativo já está garantido na Lei Orgânica. Eu participei da elaboração da Lei Orgânica em 1989, e nós fizemos uma redação de forma a que nenhum prefeito que viesse depois pudesse tirar esse direito do povo. Nós atingimos, em Porto Alegre - e os Vereadores que estão aqui concordam com isto -, um nível de organização, uma qualidade de participação que não se tem notícia em nenhuma outra cidade do mundo. Só esse fato já é um mérito.

Nós sabemos que no Orçamento Participativo, que na participação popular há falhas, e é por isso mesmo que o próprio povo, em todos os anos, aperfeiçoa as regras de participação. Isso é fundamental. Ali, para mim, reside o grande segredo do sucesso da participação popular em Porto Alegre. Eu perguntaria ao Ver. Isaac Ainhorn onde fica essa Cidade em que participam cem mil pessoas, com lei? O Ver. Isaac Ainhorn falou que quer que chegue a cem mil pessoas, com lei. Não existe isso em nenhuma cidade do mundo. É que alguns Vereadores, na verdade, querem voltar ao antigo clientelismo. O Ver. Isaac Ainhorn chega a propor, no seu Projeto, que apenas 50% das obras sejam decididas pela participação. É importante dizer que tivemos que pegar o voto do Ver. Isaac Ainhorn no corredor, para que a Lei da Tribuna Popular, que vocês usaram hoje aqui, fosse aprovada. Algumas Lideranças lembram disso.

Para concluir, quero dizer que, na verdade, a legalização acaba por enquadrar o Orçamento, tira o direito de o povo aperfeiçoar todos os anos o Orçamento Participativo. Eu entendo que nem a Câmara nem o Executivo podem tutelar a participação popular, porque isso só faz quem tem medo da democracia. E nós não temos medo da democracia. Queremos que o povo continue com o direito de aperfeiçoar e de participar da sua maneira, e o próprio povo possa fazer as regras da sua participação. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE: Eu conto com a educação das pessoas que se encontram aqui neste recinto. Inclusive, hoje, temos aqui uma Sessão Solene da Semana da Pátria, e gostaríamos de manter o nível que esta Câmara se orgulha de ter mantido durante toda sua história.

Se os ânimos se exaltarem, suspenderemos a Sessão, porque a democracia é boa, mas tem que ser respeitosa.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 9h47min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às 9h49min): Estão reabertos os trabalhos.

O Sr. Gilberto Garcia está com a palavra.

 

O SR. GILBERTO BATISTA: Sr. Presidente, quero parabenizar a Associação dos Moradores do Jardim das Estrelas, na presença do Sr. Carlos Elói Lima Padilha, que é o Presidente. Este tema é um tema muito polêmico. Nós, do Partido da Frente Liberal, eu e o meu Líder, Ver. Reginaldo Pujol, somos totalmente a favor que o Orçamento Participativo seja lei na Cidade de Porto Alegre, para que nós, Vereadores, e a própria comunidade, possamos, com maior rigor, fiscalizar este ato de barbárie que, às vezes, é praticado pela Administração Popular.

Só para V. Sa. ter um exemplo, Sr. Carlos Elói Padilha, na minha região, que é o Bairro Sarandi, Zona Norte, muitas obras, de 1996, 1997, 1998, e acredito que também as de 1999, ainda não foram iniciadas. E o que dizem para nós, para este Vereador, para a comunidade da Zona Norte, como dizem para V. Sa. é que faltam recursos, que é culpa do Presidente Fernando Henrique; antigamente, a culpa era, também, do Governador Antônio Britto. Agora, como o Governo do Estado pertence ao PT e aos Partidos que com ele colaboram no Governo do Estado, dizem que a culpa é somente do Fernando Henrique.

Então, V. Sa. pode levar para a sua comunidade que o Partido da Frente Liberal apóia maciçamente, fortemente, e queremos dizer que o Orçamento Participativo é um instrumento que pode ser usado melhor, pois não digo que o instrumento é ruim, mas o modo como está sendo gerenciado este Orçamento é insatisfatório, por vários episódios que aconteceram desde o seu nascimento.

O PFL é favorável e está com toda a comunidade que também é favorável à Lei do Orçamento Participativo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Não havendo mais inscrições, nós agradecemos a presença da nossa comunidade, aqui, na Câmara, e queremos dizer que esta Casa está sempre aberta ao diálogo, às manifestações de todas as tendências da nossa Cidade.

Agradecemos ao amigo Carlos Elói Lima Padilha por ter manifestado o seu pensamento através da Tribuna Popular.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 9h53min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às 9h54min): Estão reabertos os trabalhos.

Estão abertos os trabalhos do período destinado a homenagear o transcurso da Semana da Pátria e, também, por acordo de Lideranças, vamos homenagear o transcurso do primeiro aniversário da TV Universidade, a UNITV.

Convidamos para compor a Mesa o representante do Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Cel. José Luis Mafalda, Chefe da Casa Militar; o representante do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Desembargador Alfredo Guilherme Englert; representante da Procuradoria-Geral de Justiça, Sr. Mauro Henrique Renner; representante do Prefeito Municipal de Porto Alegre, Engenheiro Estilac Xavier, Secretário Municipal de Obras e Viação; o representante da Liga de Defesa Nacional, Sr. Pedro Lucena; o representante da Delegacia da Capitania dos Portos em Porto Alegre, Capitão-de-Fragata Milton José Couto Prado; o representante do Comando Militar do Sul, Tenente-Coronel Washington D’Almeida Santana; representante do 5º Comando Aéreo Regional, Tenente-Coronel José Newton de Almeida; represente do Comando Geral da Brigada Militar, Capitão Gilberto Soares Lindemann; Presidente do Conselho Gestor da UNITV, Sr. Carlos Alberto Carvalho; representante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Sr. Ricardo Schneider da Silva; representante da Faculdade São Judas Tadeu, Sr. Luiz Fernando Gatti e o representante da ARI, Sr. Mário Menezes.

Passo a palavra ao Ver. Antonio Hohlfeldt, em Comunicação de Líder, que tomou a iniciativa desse acordo geral de Lideranças com a Mesa, para homenagearmos a TV Universidade - a UNITV - pela passagem de um ano de existência.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Aniversário da Câmara de Vereadores, Semana da Pátria, primeiro aniversário formal das emissões da TV Universidade - Canal 15: aparentemente as coisas não têm nada que ver umas com as outras, Ver. Pedro Américo Leal, mas, na prática, são diferentes aspectos de uma verdadeira democracia.

Um Legislativo forte, atuante, realmente democrático - e tivemos a evidência disso na primeira parte desta Sessão - é a garantia fundamental dessa democracia. A possibilidade de nós, a cada momento, honrarmos a Pátria, termos orgulho da Nação e da Pátria que integramos, é uma questão fundamental, sem a qual nenhum de nós terá identidade; nem identidade de povo, nem identidade individual, de cidadão.

E a questão da democracia nos processos de comunicação, através de uma iniciativa que é pioneira e que é extremamente importante, a UNITV, uma televisão universitária, que trabalha dentro de um canal aberto com a idéia de propiciar uma programação que os canais comerciais normalmente não teriam interesse em apresentar. Uma TV Universitária que faz aquilo que é fundamental numa nação que pretende-se desenvolver, não fechar a Universidade à população, mas, ao contrário, fazer com que a Universidade esteja à disposição da população. A TV Universitária tem exatamente essa função, ela reúne Universidades como a PUC e a UFRGS, reúne Faculdades como a Ritter dos Reis e São Judas Tadeu, reúne outras instituições de cultura como o Instituto de Cardiologia, a Fundação São Judas Tadeu, a Federal, de Ciências Médicas, mas sobretudo busca reunir a comunidade acadêmica colocada a serviço da população de Porto Alegre. A regra básica da TV Universidade é esta: as instituições de nível superior com sede no território de Porto Alegre.

Da mesma maneira que esta Casa, que estamos iniciando as festividades de hoje, inclusive com a inauguração da homenagem ao Ver. Luiz Braz, estamos culminando com as festividades do nosso aniversário. Nós somos pioneiros na nossa televisão, televisão que cobre as nossas atividades. E nós Vereadores ficamos surpresos com a repercussão, com o sucesso, com os comentários que as pessoas fazem sobre o que assistem nas Sessões desta Casa. Acho que isto ajudou imensamente à Câmara de Porto Alegre, isso participa exatamente da construção da cidadania, da nacionalidade, da imagem da Pátria como um todo, porque a Pátria se faz no dia-a-dia, sem dúvida nenhuma, no nosso cotidiano, pois também a TV Universidade dá essa contribuição.

Eu tenho orgulho inclusive de, integrando a PUC, já ter participado de programações da TV Universidade, de poder participar dessa programação de maneira permanente e de, por sugestão da Professora Jane, ter encaminhado aos Senhores Líderes da Casa e, depois, ao Presidente, a possibilidade de nós nos reunirmos, neste momento, nesta homenagem.

São diferentes aspectos da nossa realidade, mas sobretudo uma coisa única, uma coisa que fala da democracia da Pátria Brasileira que nós estamos comemorando hoje. Acho que a experiência da TV universidade é extremamente importante para todos nós. É exatamente a ponte entre o saber universitário e a população, no nosso caso de Porto Alegre e, quem sabe, mais um pouco, de todo o Rio Grande do Sul. Muito obrigado. Viva o Brasil!

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Sr. João Dib está com a palavra em Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda componentes da Mesa e demais presentes.) A Câmara Municipal sente-se honrada com a presença de todos, nesta semana em que comemoramos os 226 anos da Câmara - 49 anos antes da Independência do Brasil - e um ano da TV Universidade.

Sr. Presidente, Srs. Vereadores, autoridades, quando, naquela tarde, às margens do arroio Ipiranga, D. Pedro I proclamava “Independência ou Morte”, nós passávamos a ter pátria, a Pátria Brasileira. Pátria não pode, de forma nenhuma, soar em vão aos nossos ouvidos. A pátria, segundo Rui Barbosa, não é ninguém, são todos, e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à idéia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem monopólio e nem uma forma de governo, é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Rui Barbosa ainda diz que patriotismo consiste, sobretudo, no trabalho.

Eu acho que o trabalho é o primeiro fator que deve preocupar todos nós. No início deste ano, preocupado que estava com a forma que estão sendo conduzidos os problemas que temos, para os quais buscamos soluções, eu fazia uma campanha: “Pense Brasil”. Remeti esse “slogan”, com a Bandeira Nacional, ao Presidente da República, aos Governadores de Estado, e a todos os Deputados Estaduais e Deputados Federais gaúchos e a muitas autoridades, porque entendo que as metas que se pretendem atingir em nosso País, para resolver os nossos problemas precisam ser atingidas. N

Nenhum Presidente da República, nenhum Governador, nenhum Prefeito deseja manter problemas. Todos querem resolvê-los, mas ninguém os resolve sozinho. É necessário o trabalho, o trabalho conjunto, especialmente dos legisladores. O nosso Congresso Nacional deixa muito a desejar em razão de trabalho pela Pátria. Nós não trabalhamos pela Pátria nos nossos legislativos, especialmente no Congresso Nacional, onde as soluções mais simples estão sendo aguardadas, e o tempo passa sem que elas sejam realmente efetivadas. O Congresso tem que se reunir, tem que trabalhar, tem que ajudar o Presidente da República, tem que ajudar os Ministros com críticas construtivas, porque a Pátria somos todos nós, e do trabalho depende uma pátria grande, como todos nós desejamos e sonhamos, porque ela é grande territorialmente, é grande pelo seu povo, é grande pelos seus recursos, e é preciso que tudo isso seja aproveitado.

Lastimo, no dia em que homenageamos a nossa Pátria, ter que reclamar dos responsáveis por ela, dos mais diretamente responsáveis por ela, para que trabalhem, e trabalhem muito mais. Só assim teremos a pátria com que todos sonhamos. É possível que, “Pensando Brasil”, os nossos Deputados, os nossos Senadores, os nossos Ministros, o nosso Presidente, façam da Pátria tudo aquilo que queremos. E nossa TV Universidade também terá a oportunidade de estimular mais o trabalho, também dizer “Pense Brasil”, que é tudo quanto queremos, tudo quanto precisamos. O Brasil é nosso, e sobre ele nós temos responsabilidades. Tenho convicção absoluta de que viveremos dias melhores, porque temos todas as condições.

Um pouco mais de trabalho. Saúde e paz!

 

(Não revisto pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Liderança.

 

O SR. LUIZ BRAZ: (Saúda os componentes da Mesa.) Senhoras e Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores. Quando eu fiz a Faculdade de Comunicação na PUC havia vários professores que admirava muito; um desses professores está aqui presente. Sem o conhecimento dele, sem aquele modo culto de passar os conhecimentos, acredito que a UNITV e tudo aquilo que sai da Pontifícia Universidade Católica não seria a mesma coisa. Quero, aqui, saudar meu Professor Mainar, de Português, de quem realmente tenho gratas lembranças de tudo aquilo que fez pela nossa turma, na FAMECOS, e por tudo aquilo que continua fazendo pela Pontifícia Universidade Católica. Naquela época, em que fazia FAMECOS, lembro que a grande luta era pela rádio da Universidade e tudo aquilo que se transmitia, em matéria de cultura era através da rádio da Universidade. As coisas foram progredindo e, hoje, passados muitos anos - eu me formei na FAMECOS em 1981-, nós já temos essa grande possibilidade de transmitir cultura através de uma programação de televisão, pelo canal 15, constantemente no ar. São dez horas diárias de programação, fazendo compensação de um dia para o outro, o que é extremamente significativo. E não se trata de uma televisão ligada apenas a uma universidade; é uma televisão que congrega todas as universidades, fazendo com que as pessoas tenham informações generalizadas sobre cultura.

Quero dizer que esta homenagem à UNITV, pelo seu primeiro aniversário, é bastante significativa também para essa comemoração da Semana da Pátria, porque a liberdade começa a ser conquistada exatamente quando as pessoas começam a ter a consciência geral, começam a ter todos os conhecimentos para se libertarem internamente. As pessoas, muitas vezes, não são escravas de si mesmas; são escravas por falta de informação, por falta de cultura. Eu acredito que a UNITV, através do canal 15, ao divulgar todas essas informações relativas à cultura e ao generalizar essas informações, colabora sobremaneira para que todos possam ter acesso a uma cultura melhor. Nós somos vítimas de programas de televisão malformulados que, para conseguirem audiência, vão contra os interesses nacionais. Eu penso que o Ministério da Cultura deveria fazer algo para impedir que tais programas pudessem ser divulgados, a fim de que programações como a da UNITV ganhassem um espaço maior e tivessem a possibilidade de ser transmitidas até em outros canais de televisão, pois assim, rapidamente, poderíamos conquistar a liberdade definitiva.

Parabéns à UNITV pelo seu primeiro ano de existência. Esperamos que haja uma conscientização cada vez maior, para que a liberdade possa chegar o mais rápido possível. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Carlos Alberto Garcia em Liderança.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente da Câmara Municipal, Ver. Nereu D’Ávila e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Nesta semana, a Câmara Municipal de Porto Alegre vive um momento incomum, um momento de júbilo, estamos comemorando 226 anos. A Casa, nesta semana, também comemora a Semana da Pátria e o primeiro aniversário da UNITV.

Lembro-me, como Diretor da Faculdade de Educação Física do IPA, de que tive a oportunidade de participar de algumas reuniões, ora na PUC, ora na UFRGS, no momento em que se vislumbrava a possibilidade concreta de efetivar este canal, um canal da Universidade, especificamente, em Porto Alegre.

Quero parabenizá-los, nesta manhã, pois vemos que aquele processo embrionário, hoje é uma realidade, a UNITV já é algo presente na Cidade de Porto Alegre, é bastante assistida e possibilita, cada vez mais, que as nossas universidades a possam explorar. Tenho certeza que, a cada dia que passa, esse canal vai veicular, cada vez, mais a notícia, a informação do que é educação sobre outro enfoque, não só o enfoque mercadológico, mas, além desse, o principal, o enfoque educacional.

Portanto, temos que parabenizar e incentivar, que a UNITV possa, cada dia mais, crescer, é isso que queremos, e esperamos que novas instituições possam dela fazer parte, porque quem vai lucrar com isso é o povo de Porto Alegre e o povo do Rio Grande do Sul.

Falando da Semana da Pátria, que todos nós comemoramos, relembro, nestes momentos, algumas coisas da minha infância que hoje vejo que estão perdidas, porque, nos dias atuais, a nossa juventude, infelizmente, não é tão incentivada a cultivar alguns valores importantíssimos relativo à pátria. Muitas e muitas vezes, confunde-se pátria com governo; os governos são transitórios, a pátria é perene. E é com relação a esses valores que, cada vez mais, temos o direito e o dever de incentivar a população a sentir orgulho, propiciando que essa auto-estima, muitas vezes perdida, seja sentida novamente. Porque a população, como um todo, está descrente, o desemprego está aumentando, as privatizações acontecendo e parte da soberania nacional está-se perdendo, mas as pessoas confundem governo com pátria.

Por isso devemos lembrar: a Pátria é perene e está acima de tudo. Tenho muito orgulho de dizer a todos, como nós todos aqui temos: sou brasileiro, sim, e isso me engrandece muito. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra em Comunicação de Líder.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, dignas autoridades que honram, nesta manhã, com as suas presenças a nossa Sessão em que homenageamos a Pátria, a UNITV; minhas Senhoras, meus Senhores que, neste momento, estão presentes nas galerias desta Casa; meus colegas Vereadores. Eu gostaria, antes de mais nada, de registrar a enorme satisfação que sentimos com a presença de todos os senhores que representam a Liga de Defesa Nacional; o Comando Militar do Sul; a direção da UNITV; a Base Aérea; a Capitania dos Portos; representando o Tribunal de Justiça, Dr. Alfredo Englert; representando o Sr. Prefeito, Dr. Estilac Xavier; demais autoridades que hoje se fazem presentes aqui nesta Casa.

Eu, de uma certa maneira, entendo que nós, hoje - e tenho certeza de que expresso o sentimento de meus companheiros de Bancada, Ver. Elói Guimarães, Ver. João Bosco Vaz e o Presidente desta Casa, Ver. Nereu D’Ávila, vivenciamos as comemorações da Semana da Pátria, momento este que coincide com imensas dificuldades por que passamos. Felizmente, temos amplas garantias democráticas. Até podemos ter divergências, mas elas têm que se estabelecer no clima de respeito às idéias de cada um.

Hoje, essa lição é extremamente importante, no momento em que homenageamos e reverenciamos a Pátria, por ocasião das comemorações alusivas à Independência do Brasil.

Nós temos tido, aqui, integrações extremamente importantes. Uma delas registramos com satisfação pelo que representa, com relação ao avanço de compreensão mútua, que é a relação de integração comunitária que esta Casa faz, através de todos os seus Vereadores, de todas as correntes expressas nos partidos políticos que estão aqui.

Os partidos políticos, com todos os defeitos que possuem, são a melhor forma de instrumentalizar e construir a democracia em nosso País. Nós temos que aperfeiçoá-los e, na medida em que fizermos isso, nós estaremos construindo instituições políticas mais sólidas, mais fortes, para consolidar a democracia e a liberdade em nossa Pátria. Uma dessas relações, frisei alguns dias atrás por ocasião das comemorações do Dia do Soldado, é a integração desta Casa com o Comando Militar do Sul, é o entendimento franco, cordial, entre instituições permanentes da Pátria, que se realiza no cotidiano da vida desta Casa.

Alguns anos atrás, até por equívocos, eu diria, mútuos - era uma situação extremamente difícil - não havia entendimento, cordialidade; hoje esta Casa se integra, perfeitamente, em todos esses acontecimentos.

A concepção de pátria, as comemorações da pátria, o culto à bandeira, esse valores, nós, como Nação adulta, estamos aprendendo a cultuar e a preservar. O povo, a nação que não cultua os seus valores de patriotismo, de amor à pátria, que não cultua suas datas mais importantes, é um povo que está fadado a sucumbir e a reincidir, permanentemente, nos erros, nos equívocos, no curso da sua história.

Meu caro Ver. Garcia, eu diria a V. Exa. que, hoje, eu vejo, nas gerações mais jovens, um comportamento e um perfil - eu respeito muito a sua opinião porque V. Exa. é um professor, é um homem ligado à juventude -, que representam um avanço nas relações de compreensão e valorização da Pátria, do 07 de Setembro e de todos os valores que envolvem o sentimento nacional. E isso nos envolve com força maior, porque nós, gaúchos, fomos temperados na luta, na guerra, na disputa. Saímos de dois embates entre irmãos, difíceis e dolorosos para o nosso Estado: o de 1835 e o de 1893. Esses embates, ao invés de nos separar, permitiram que nós nos aproximássemos. E 1930 é uma expressão de entendimento dos valores mais altos da Pátria e de amor a eles, quando as forças políticas do Rio Grande do Sul se uniram e fizeram a Revolução de 30. Por isso, neste dia, é importante o registro da nossa Bancada, o PDT, pela importância de fatos, de registros e iniciativas como esta, tão insistentemente preconizadas por alguns vereadores, como os Ver. João Dib e Pedro Américo Leal. Nossos cumprimentos.

De outro lado, a nossa satisfação de prestar, neste momento, a homenagem que esta Casa está fazendo à UNITV. Sabemos da importância deste processo de comunicação social, sabemos o espectro de pessoas que ela atinge. Porque, hoje, as grandes comunicações são feitas através do sistema de rádio e televisão. E, com certeza, a UNITV, de forma educativa e pedagógica, não vou falar naquilo que é o mais simples e mais importante, o resultado direto dos vestibulares através da UNITV, fazendo um trabalho direto de divulgação e de informação. Parabéns neste momento de congraçamento, que a integração dos nossos maiores valores revelem o nosso amadurecimento, da cidadania, em relação à Pátria e às nossas datas. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Lauro Hagemann, pelo PPS.

 

O SR. LAURO HAGEMANN: (Saúda os componentes da Mesa.) Num momento em que o transcendental conceito de Pátria se encontra desbotado e esgarçado pela ação dos governantes eventuais, que não estão entendendo o momento por que passa o mundo e produzem resultados desastrosos para a sociedade, nós temos que refletir, seriamente, sobre o nosso próprio comportamento e fazer com que esses conceitos passem a ser revigorados.

Esta Sessão Solene da Câmara Municipal, nesta manhã, exige um comportamento de “trapezista mental” para conciliarmos as homenagens que estão sendo propostas. Os 226 anos do aniversário da Câmara Municipal em Porto Alegre - esta Casa no ano que vem vai comemorar 250 anos, porque é a Câmara da Capital, que primeiramente foi instituída em Rio Grande, depois Viamão, e depois então veio a Porto Alegre - que comemoraremos na segunda-feira, serão os 226 anos da primeira Sessão da Câmara Municipal de Porto Alegre, em Porto Alegre. Isso é um detalhe histórico que não deve-nos perturbar.

A Casa do Povo de Porto Alegre vem prestando ao longo desse tempo o seu serviço à coletividade e hoje, mais do que nunca, ela abriga as várias tendências que permeiam a sociedade porto-alegrense. Esta homenagem é justa e digna, porque é uma das instituições mais antigas da Pátria; ela antecede a Independência Americana, antecede a Inconfidência Mineira e antecede até a Revolução Francesa. Temos, então, uma longa história percorrida no concerto mundial, e uma longa história de permanente atividade em benefício da coletividade.

Por outro lado, estamos a comemorar, hoje, o primeiro aniversário da UNITV. Eu tenho um carinho todo especial por essa instituição, e um penhor de garantia do êxito da UNITV está sentado à Mesa: o Jornalista Carlos Alberto Carvalho, que teve a sua vertente formadora na velha Rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde por mais de quarenta anos nós colaboramos juntos. Eu o conheço; isso garante o êxito ou, pelo menos, a intenção de seriedade com que a UNITV está conduzindo a sua programação e a sua constituição.

Um veículo de comunicação é sempre um fator de segurança para a sociedade, desde que exercitada corretamente. Muitas vezes alguns veículos desbordam do seu leito natural para se transformar em instrumentos de determinados grupos ou pessoas. E isso não pode acontecer, principalmente, no caso do rádio e da tevê que são concessões públicas.

Canais de rádio e tevê, neste País, são concessões públicas, isso é, pertencem ao povo e não a determinado grupo e pessoa. E essa direção deve ser observada, deve ser permanentemente vista.

Por tudo isso, senhoras e senhores, eu penso que conseguimos dar um conceito mais concreto de pátria, ao que estamos presenciando hoje aqui: um exercício democrático de costurar esses vários pedaços da sociedade, que, no final, é a nossa tarefa diária aqui nesta Casa. Costurarmos os interesses da coletividade nas suas múltiplas e variadas percepções da vida. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Vera. Clênia Maranhão está com a palavra em Liderança.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, autoridades que compõem a Mesa, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, porto-alegrenses que nos prestigiam com as suas presenças. Esta semana de comemorações dos 226 anos da Câmara Municipal de Porto Alegre foi seguramente uma das mais ricas possibilidades que tivemos de vivenciar contatos com as mais diversas questões e com os mais diversos segmentos da Cidade.

Contatamos com o que representa a pluralidade deste Município. Apenas nesta Sessão nós tivemos a oportunidade de discutir, através da parte inicial dos nossos trabalhos, a questão da democracia, a questão da participação popular, a questão do parlamento e das suas responsabilidades. Nestas homenagens que fazemos, trazidas pelos Vereadores Nereu D’Ávila e Antonio Hohlfeldt, estamos tendo a oportunidade de expressar nossos sentimentos, nossas convicções em relação a duas questões que são tão antigas e modernas: a questão da pátria e a questão das comunicações.

Podemos falar, neste momento, no Brasil, em homenagem à Semana da Pátria, fazemos com alegria, pela conquista democrática que temos no Brasil, e pelo que isso representa a todos os brasileiros, fundamentalmente num momento difícil do ponto de vista econômico da realidade brasileira. Portanto, é importante reafirmarmos esta homenagem, nós com garantias democráticas , mas de tantas incertezas de outros países do MERCOSUL. A possibilidade que temos de fazer a homenagem à Semana da Pátria nos traz também a possibilidade de refletirmos aqui sobre a necessidade de resgate de valores que são fundamentais em qualquer sociedade, independente do tempo histórico a que nos referimos. Portanto, nesta Semana da Pátria, a presença das autoridades representativas dos setores militares expressam a preocupação e o comportamento que nós, Vereadores, temos de estar em sintonia com todos os segmentos, e esses contatos têm sido freqüentes, através da própria representação que temos nesta Casa, Coronel Cerqueira.

A outra possibilidade foi o Ver. Antonio Hohlfeldt quem nos deu, em podermos homenagear a conquista de um ano da UNITV. Eu estava lembrando que os conceitos mudam, algumas coisas se atualizam e todas as instituições devem reformular seus pensamentos. Quem de nós imaginaria, há alguns anos, inclusive quando todos nós já éramos Vereadores, que a comunicação passaria a ter essa universalidade e a transpor as barreiras que ela transpõe hoje, inclusive dos limites dos países. Isso nos leva a pensar nessa nova realidade da comunicação neste final de século e do quanto isso representa do ponto de vista da possibilidade da construção do pensamento das populações de todos os países. Os canais a cabo têm sido instrumento da propagação das idéias que não se limitam mais aos territórios, portanto, a responsabilidade de discuti-los é muito grande: os códigos, os limites, a sua responsabilidade, a ética que tem que estar contida no exercício dos profissionais desse setor. É muito importante, porque é muito jovem a UNITV e, talvez, nem todos ainda tenham a possibilidade de refletir sobre a sua importância, mas quem teve a oportunidade, dentro das suas casa, por exemplo, de acompanhar os debates técnicos e científicos da SBPC, por exemplo, pôde perceber que os tempos mudaram, e sempre quando se imagina que os tempos mudaram, lembramos das coisas ruins.

Penso que a UNITV é um exemplo que os tempos mudaram, neste caso, para melhor, porque deu à sociedade a possibilidade do acesso ao conhecimento que, seguramente, não tínhamos antes dela existir. Parabéns, por um ano da UNITV. Muito obrigada.

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Vera. Helena Bonumá está com a palavra em Comunicação de Líder.

 

A SRA. HELENA BONUMÁ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores; autoridades que compõem esta Mesa, neste dia em que prestamos estas homenagens; Senhores e Senhoras que acompanham esta Sessão, sem dúvida é um prazer virmos a esta tribuna, em nome do Partido dos Trabalhadores, prestar esta homenagem, proposta pelo Ver. Antonio Hohlfeldt, ao primeiro ano da UNITV. Isso porque em um País como o nosso, que vive sob um brutal monopólio dos meios de comunicação, uma iniciativa como essa deve ser saudada. Sem dúvida ela expressa uma democratização da informação, e mesmo que ainda restrita ao âmbito da TV a cabo - o ideal é que pudéssemos ter a UNITV nos canais comuns de televisão -, ela é uma iniciativa fundamental no sentido de democratizar a informação e o acesso ao conhecimento, na medida em que congrega universidades e que, por ocasião da SBPC, deu um exemplo concreto do tipo de atividade que pode prestar à nossa comunidade. Essa iniciativa merece a nossa saudação.

Esse fato se inclui dentro da luta mais ampla do povo brasileiro pela democratização dos meios de comunicação e pelo controle social da informação e dos meios de comunicação em prol da democratização da nossa sociedade.

Quando paramos para refletir a respeito do tema da Semana da Pátria, nós não nos sentimos alegres. Estamos comemorando - se é que dá para dizer comemorando, o mais correto seria dizer que estamos marcando -, no ano que vem, quinhentos anos da descoberta de nosso País. E eu fico-me pergunto - é o momento ideal para fazer essa reflexão - qual é o significado de pátria, dentro de um balanço histórico, político e social desses quinhentos anos de existência do Brasil? Quando vivemos relações internacionais, econômicas, políticas, sociais, de globalização, internacionalização da vida das nações, mas uma internacionalização submetida à lógica de um capitalismo que nos submete a esse esquema internacional, qual é o significado de pátria nesse contexto?

Essa discussão a respeito da pátria é uma questão muito antiga. Na medida em que ouvi os oradores falarem aqui, eu me lembrei da história, da importância que tivemos na luta pela demarcação geográfica das nossas fronteiras. Esse é um elemento importante na nossa constituição como País, e isso custou muita luta, nós o sabemos através de nossa história.

A importância da constituição cultural de um país complexo, rico, diversificado regionalmente, culturalmente, formado por negros, índios e europeus de diversas origens, essa síntese cultural tem momentos marcantes na nossa História e talvez a primeira vez que discutimos, nesta Nação, ou, pelo menos, uma das primeiras vezes que a História registra a questão da Pátria, foi com Calabar, que foi o primeiro brasileiro esquartejado porque teve uma concepção diferenciada do que era Pátria brasileira e do que era ser brasileiro. E, ao longo da nossa história, tivemos manifestações culturais importantes, mas tivemos também uma resistência, através de lutas sociais, como o Quilombo dos Palmares, como diversas outras lutas que se seguiram de resistência, que foram lutas que conformaram, ao longo da história, a nossa nacionalidade brasileira, a nossa Pátria.

E, principalmente, tivemos, ao longo de toda a nossa história e de toda a nossa construção, o acúmulo de um arcabouço democrático que, por mais limitado que possa ser, está caindo por terra, como a nossa Constituição, por essa ordem internacional que vem a partir de fora e a partir de agentes, como o FMI - o Fundo Monetário Internacional -, quitar totalmente a nossa soberania. Para não falar dos nossos recursos, que fogem daqui e não são aplicados onde deveriam ser: no bem-estar da população brasileira. Sem dúvida, são quinhentos anos de exploração. E quando nos encontramos numa instituição importante, como a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, preocupada com os rumos do País, com o rumo desta Cidade, é importante que façamos essa reflexão e que tenhamos a clareza do que isso significa para a vida do povo da nossa Cidade, como muitos Vereadores têm a preocupação de vir sempre registrar.

Porto Alegre não é uma ilha de felicidade. Porto Alegre fica num país que, segundo relatório que a ONU divulgou, na semana passada, na Folha de São Paulo, é o país campeão, primeiro lugar na concentração de renda. O nosso País é rico, tem um potencial muito grande, mas é um dos países mais miseráveis do mundo ao mesmo tempo. E isso não são quinhentos anos de destino. Isso é opção. Isso é responsabilidade de alguns, que neste momento deve ser cobrada pelo povo brasileiro. Este País tem jeito, tem futuro, e é esta a luta principal que devemos travar neste momento, resgatando a importância do que foram as lutas sociais do nosso povo através da história por cidadania, por democracia, para que este País, de fato, seja uma nação, a Nação Brasileira, da qual nós temo-nos orgulhado muito. Muito obrigada.

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Gilberto Batista está com a palavra, pela Bancada do Partido da Frente Liberal.

 

O SR. GILBERTO BATISTA: Sr. Presidente. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) As pessoas estão, hoje, no Plenário desta Casa, Sr. Presidente, para um ato solene de grande importância, no meu entendimento. Mas, primeiramente, quero registrar, em nome do Ver. Reginaldo Pujol, Líder do PFL, e em nome deste Vereador, o segundo Liberal desta Casa, a nossa satisfação, também, Vera. Helena Bonumá, em estarmos aqui para falar um pouco sobre os quinhentos anos do Brasil e o 1º aniversário da UNITV.

Quero parabenizar o Ver. Antonio Hohlfeldt por esta brilhante iniciativa que traz, hoje, a oportunidade de homenagear a passagem do 1º aniversário da UNITV, esta modelar instituição de comunicação que contribui para a educação e contribui com todas aquelas pessoas que precisam deste ponto de comunicação tão importante para as Universidades, não só da nossa Cidade de Porto Alegre como de todo o Estado do Rio Grande do Sul.

Quero parabenizar, aqui, as instituições de ensino superior que integram a UNITV: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Faculdade de Ciências Contábeis e Administrativas; Faculdade São Judas Tadeu; Faculdade Porto-Alegrense de Educação, Ciências e Letras, a FAPA; Faculdade Porto-Alegrense de Ciências Contábeis e Administrativas; Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, a FUNDAÇÃO; Universitária de Cardiologia; Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre e Faculdade Ritter dos Reis. Todas elas estão de parabéns.

Quanto à Semana da Pátria, às vezes as pessoas que vêm nesta tribuna confundem as coisas. O momento de refletir sobre esta Semana, Senhores Vereadores, Senhores da Mesa, é para reafirmar a nossa paixão, para reafirmar que somos brasileiros. Até parece que, quinhentos anos atrás, aquele navio que descobriu o nosso País veio carregado de pessoas maldosas, veio carregado de pessoas que não tinham interesse em que este Brasil de hoje fosse melhor. E o que tentam, entre aspas, é provocar um debate inoportuno nesta ocasião e nesta Sessão. Esta Sessão, Sr. Presidente, é para resgatarmos, na realidade, a Pátria Brasil.

É evidente que teremos que discutir para onde caminha o País hoje, Vera. Helena Bonumá, mas, como mencionou o Ver. Carlos Alberto Garcia, temos que separar muito bem os governos da nossa Pátria, assim como separamos aqui, em Porto Alegre, o governo da nossa Cidade. Esta é a separação que tem que ser feita, e muito bem-feita. Não podemos, de maneira alguma, misturar pátria com os governos que a governam ou governaram. Não. A posição, no meu entendimento, é de que pátria, Coronel-Vereador Pedro Américo Leal, é a nossa Pátria.

Por tudo o que acontece hoje, no País, tenho orgulho em ser brasileiro e luto com os meus colegas, com a minha Cidade, com o meu Estado e com minha Nação para que este País seja melhor, mais qualificado, mais técnico, que tenha melhor distribuição de renda, mais empregos, mais saúde. Temos que ver a Pátria em si, não podemos confundi-la com os governantes.

O que vemos, hoje, aqui, o que se monopolizou no Estado do Rio Grande do Sul e, principalmente, em Porto Alegre, é, entre aspas, esses quinhentos anos, mas não dizem o que tentam fazer, hoje, com os nossos alunos da rede de 1º e 2º graus, tentando incutir na mente desses alunos que os quinhentos anos não valem nada. Isto é muito mais grave! Foi num momento inoportuno que pessoas vieram aqui e disseram que há quinhentos anos as coisas estão mal.

Desculpe, Sr. Presidente, esta rápida reflexão, mas tinha que deixar marcada aqui esta posição de indignação de partidos que tentam, entre aspas, confundir a cabeça de todo um País. E eu, Sr. Presidente, tenho, como V. Exa. tem, orgulho de ser brasileiro. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Sr. Carlos Alberto Carvalho, Presidente do Conselho Gestor da UNITV, está com a palavra.

 

O SR. CARLOS ALBERTO CARVALHO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Senhores integrantes da Mesa e todos que comparecem a esta Câmara para participar de uma homenagem que muito nos honra, a homenagem à UNITV, a TV Universidade.

Conforme foi dito, a TV Universidade, exatamente em setembro do ano passado, iniciava as suas atividades. É integrada por oito instituições de ensino superior de Porto Alegre: a Universidade Federal do Rio Grande do Sul; a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; a Faculdade São Judas Tadeu; a Faculdade Porto-Alegrense de Educação, Ciências e Letras; a Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre; a Faculdade Porto-Alegrense de Ciências Contábeis e Administrativas; o Instituto de Cardiologia, Fundação Universitária de Cardiologia e a Faculdade Ritter dos Reis.

No início deste breve pronunciamento, quero agradecer ao Ver. Antonio Hohlfeldt, que encaminhou esta homenagem que teve o apoio de todos os Líderes de todas as Bancadas desta Casa.

Nesta manhã, revi alguns Vereadores com os quais, em épocas passadas, tive muitos contatos, é o caso, por exemplo, do Ver. Luiz Braz, a quem tive a satisfação de ser professor numa determinada fase de sua formação na Universidade. O Ver. Carlos Alberto Garcia que, como declarou, no início da UNITV esteve conosco representando uma das instituições de ensino superior. O Ver. Lauro Hagemann, com quem convivi no início da atividade da Rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ainda cito o Ver. João Dib, o Ver. Pedro Américo Leal, com quem tive contatos em função de minha atividade jornalística ao longo dos anos. Peço escusas se algumas dessas pessoas com as quais tive contato - o Ver. Cláudio Sebenelo é outro, tive a oportunidade de estudar com seu irmão nos tempos de ginásio e científico - deixaram de ser citadas por um lapso, mas, realmente, me sinto perfeitamente identificado com esta Casa.  E digo às senhoras e aos senhores que a UNITV está procurando, dentro de suas possibilidades, corresponder à expectativa da nossa comunidade.

Prezados amigos, um ano de atividades é muito pouco e fazer televisão tem custos elevados. Mas quero aqui, de público, em nome do Conselho Gestor - que tenho a honra de presidir, por eleição da assembléia dos integrantes do Canal -, agradecer aos diretores dessas entidades. Cito dois porque não foram anteriormente nomeados e estão ali sentados: o Professor Jorge Lima Hetzel, da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas, e a Professora Jane Bestetti, da Faculdade Ritter dos Reis, deixo de citar os outros porque já foram citados no decorrer dos pronunciamentos. Mas quero agradecer a todas as instituições pelo trabalho dos seus representantes no Conselho Gestor.

Para encerrar, quero dizer que a nossa televisão é uma televisão de Porto Alegre, mas temos muitos planos de expansão. Já estamos na Internet, e em conseqüência disso a UNITV pode ser sintonizada também fora de Porto Alegre, fora do Estado e até fora deste País. Estamos tratando também, Sr. Presidente, Srs. Vereadores e todos que nos honram, de vários intercâmbios com televisões universitárias de outros municípios do Rio Grande do Sul e de outros estados brasileiros, e isso permitirá que aquilo que se faz aqui em Porto Alegre possa ser acompanhado em outros locais.

Quero dizer que me sinto perfeitamente à vontade dentro desta Casa porque entendo que a UNITV tem uma dupla identificação com esta Câmara Municipal. A primeira identificação: nós da UNITV assim como esta Câmara, temos erros e temos acertos; e o segundo fator de identidade com esta Câmara Municipal, temos erros e temos acertos mas também nos identificamos certamente pela sinceridade de propósitos, tudo fazendo para servir a nossa Cidade e por extensão ao nosso Estado e também ao nosso País.

Muito obrigado, Senhores Vereadores por esta homenagem e continuem prestigiando o Canal 15, a UNITV. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Sr. Pedro Lucena está com a palavra.

 

O SR. PEDRO LUCENA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) A Liga da Defesa Nacional sente-se honrada pela oportunidade de fazer uso dessa tão importante e significativa tribuna, exercida pelos Srs. Vereadores, legítimos representantes do povo de Porto Alegre, conforme está estabelecido no parágrafo único do artigo 1º da Constituição Federal, onde se lê que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos. No artigo 1º da Constituição Federal, verifica-se que o referido artigo diz que a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal, constitui um estado democrático de direito e tem como fundamentos, no inciso I, a soberania, acrescento eu, exercida pela alta Administração Federal; inciso II, a cidadania, digo eu, praticada por todos os brasileiros dignos deste qualificativo; inciso III, a dignidade da pessoa humana, acrescento ainda uma condição inerente a cada brasileiro; inciso IV, os valores sociais do trabalho e de livre iniciativa, um direito de cada trabalhador do Brasil e, finalmente, inciso V, pluralismo político, perfeitamente evidenciado na Câmara de Vereadores.

No ato solene que se realiza, necessário se faz retornar ao inciso II - a cidadania - do artigo 1º, da Constituição Federal, depois de tantos oradores que me antecederam, versando sobre a Semana da Pátria. Eu farei uma retrospectiva histórica. Leio: “Pela Semana da Pátria, que são esses sete primeiros dias de setembro, pois antecede ao dia 7 de setembro de cada ano, data magna da Nação Brasileira, os verbetes cidadania e civismo reaparecem no vocabulário cotidiano, fazendo com que a cidadania seja exercida por alguns e o civismo praticado por outros.

Na verdade, a realidade deveria ser outra. Necessitamos de cidadania com civismo e/ou civismo com cidadania. Mas cidadania e civismo são inerentes ao cidadão e para existir o cidadão e a cidadã há a necessidade de uma Nação, de um Estado democrático e de direito.

O Estado e a Nação são o Brasil, que teve uma origem, uma trajetória, uma tradição e uma história.

A origem está no descobrimento em 1500; a trajetória, a tradição e a história se confirmaram ao longo do tempo, verificando-se os primórdios da nacionalidade em 1648, na Batalha dos Guararapes, onde se destacaram as lideranças do homem branco, índio e negro, respectivamente representados pelo branco Vidal de Negreiros, pelo índio Poti - batizado Felipe Camarão - e pelo negro Henrique Dias, que lideravam o povo em armas na reação ao invasor holandês, que ousava ocupar nossa terra, a atual Pátria dos brasileiros.

Em 7 de setembro de 1822 surge no cenário mundial a Nação Brasileira, pelo grito histórico às margens do riacho Ipiranga de “Independência ou Morte”, proferido por D. Pedro I.

Ainda criança assume o império D. Pedro II, que em 20 de setembro de 1835 enfrenta uma guerra civil, a Revolução Farroupilha, com ideais republicanos, antecipando a república em mais de meio século, que se instalou no Brasil em 15 de novembro de 1889.

Com a Nação Brasileira foram criados os símbolos nacionais, a Bandeira, o Hino, as Armas e o Selo (art. 13, parágrafo 1º, da CF).

Bandeiras históricas antecederam a atual Bandeira do Brasil, adotada pelo decreto nº 4, de 19 de novembro de 1889, que se faz presente em todas reuniões da Câmara, ocupando um lugar de destaque, o que muito bem traduz o grau de civismo praticado pela ilustre Câmara Municipal de Vereadores.

Para complementar os festejos cívicos da Semana da Pátria, surgiu, em 1º de setembro de 1938, o Fogo Simbólico, idealizado e criado por um grupo de cidadãos porto-alegrenses, liderados pela Liga da Defesa Nacional, entre eles o Jornalista Túlio de Rose, que objetiva envolver simbolicamente todos os brasileiros, num longo e luminoso abraço de confraternização e concórdia, de júbilo cívico, na data máxima da nacionalidade. Neste ano aconteceu a 62ª Corrida do Fogo Simbólico, em homenagem a um marinheiro brasileiro, sendo reverenciada a figura heróica do marinheiro Joaquim Marques de Lisboa, gaúcho natural da Cidade de Rio Grande, o Marquês de Tamandaré, patrono de nossa Marinha.

Com o mesmo objetivo teve também origem a “Chama Crioula” em 7 de setembro de 1947, idealizada há mais de 50 anos por uma equipe liderada pelo gaúcho Paixão Cortes, visando as comemorações da Semana da Pátria e da Semana Farroupilha.

Concluindo, cidadania e civismo se completam teoricamente. Seria o cidadão ou a cidadã, no exercício pleno de seus direitos, cumprindo, também, os seus deveres para com o Estado, no regime democrático.

Na prática ocorre diferente:  a cidadania somente vê direitos; o civismo somente vê obrigações. A cidadania sem civismo somente exige, somente reivindica, participa de passeatas, provoca invasões e quer intervir na democracia. O civismo sem a cidadania somente se preocupa com as manifestações e gestos cívicos, participa de desfiles e não se interessa convenientemente pela democracia.

O hábito de portar um dos símbolos nacionais, mesmo uma fitinha verde e amarela, é entendido, como a que ostento agora, por grande maioria, como dependência a quem está no poder e não como sinal de amor à Pátria.

Como bem se sabe, a Pátria somos todos nós, a Pátria são todos os Srs. Vereadores desta Casa, E como diria o notável Ruy Barbosa, homenageado, neste ano, pela Nação Brasileira, pois comemora-se o sesquicentenário de seu nascimento. Ruy Barbosa que foi um dos maiores tribunos de sua época, jurista de renome internacional, cognominado a “Águia de Haia” e também jornalista de raro vigor, assim disse: “A Pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acovardam, mas resistem, mas ensinam, mas esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo”.

A Liga da Defesa Nacional agradece a oportunidade e atenção de todos, muito particularmente os Srs. Vereadores. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Estamos, assim, concluindo estas homenagens que a Câmara Municipal de Porto Alegre, ao ensejo da Semana da Pátria e também do aniversário de um ano da TV Universidade, registrou. Agradecemos a todos que nos prestigiaram nesta manhã.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 11h17min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às 11h23min): Estão reabertos os trabalhos.

Convidamos a todos os Vereadores para participarem da solenidade de descerramento da placa da fotografia do Ver. Luiz Braz, Presidente desta Casa em 1998, na galeria dos ex-Presidentes, na Sala Adel Carvalho.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 11h24min.)

 

(É descerrada a placa da fotografia do Vereador Luiz Braz, na galeria dos ex-Presidentes, na Sala Adel Carvalho.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Ávila - às 12h02min): Estão reabertos os trabalhos.

 

O SR. JOÃO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, dado o adiantado da hora solicito que os Requerimentos sejam examinados antes, já que temos duas Sessões semanais para tratar do Plano Diretor e os Requerimentos podem ficar postergados.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO (Requerimento): Concordamos com a posição do Ver. João Dib, mas solicitamos que sejam priorizados aqueles requerimentos que a própria Presidência tem necessidade de colocar logo em votação.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES (Requerimento): Também concordando com o Requerimento do Ver. João Dib, solicito que o Requerimento de nossa autoria, já encaminhado, assinado pelo conjunto das Bancadas, que solicita a presença do Prefeito e do Vice-Prefeito em uma Sessão da Câmara para apresentarem o prêmio que a Cidade de Porto Alegre ganhou, “Prefeito Criança”, esteja nessa ordem de prioridade.

 

O SR. CYRO MARTINI: Sr. Presidente, só para lamentar a decisão, porque nós temos o cuidado de comparecer antecipadamente para nos inscrevermos em Pauta e ficamos relegados. Sem dúvida, em razão da matéria, em razão do que aqui já foi desenvolvido por uma programação inesperada, nós temos que concordar. Registro não apenas o meu lamento, mas o de todos aqueles que tiveram o cuidado de comparecer em tempo para se registrar em Pauta.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, para contraditar a proposta do Ver. João Dib, no sentido de dizer que o curso normal dos trabalhos, na forma do Regimento, pode ser alterado em casos excepcionais, porque, do contrário, nós instalamos um poder de revisão do Regimento. Submete-se ao Plenário e o Plenário altera o curso normal do Regimento. Temos que preservar as etapas do Regimento. Nesse sentido, encaminho contra, a não ser em casos excepcionais, e esse não é o caso, a menos que o Ver. João Dib prove que exista matéria de alta relevância e com tempo insuficiente de se votar em outra oportunidade. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento. O Ver. João Dib está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, a excepcionalidade está no fato de que só temos uma Sessão com Ordem do Dia por semana. Por isso, os requerimentos estão sendo sobrestados, porque, se entrarmos na Ordem do Dia, nunca chegaremos aos requerimentos pela própria quantidade de projetos a serem votados. Então, essa é a razão. Alguns requerimentos têm urgência, outros não. Creio que o Ver. Elói Guimarães tenha se preocupado com a proposição feita, como já são 12 horas e 10 minutos e às 13 horas encerra a Sessão, não sei por que não possa ser feito. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. João Dib. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com três votos contrários dos Vereadores Adeli Sell, Elói Guimarães e Isaac Ainhorn.

O Ver. Pedro Américo Leal solicita para assuntos particulares no dia 06 de setembro. Em votação. Os Srs. Vereadores que aprovam o pedido de licença permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Havendo quórum, passamos à

ORDEM DO DIA

 

Em votação o Requerimento nº 177/99. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como estão. APROVADO.

Em votação o Requerimento nº 194/99. O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a pedido do Ver. Renato Guimarães, assinei o Requerimento com que se convida o Prefeito Municipal a vir ao Plenário da Casa para falar sobre o reconhecimento nacional à Prefeitura de Porto Alegre quanto ao apoio a projetos para crianças.

Registro, que, quando o Ver. Renato Guimarães conversou comigo a respeito desse assunto, eu lembrei a S. Exa. que o Prefeito Raul Pont havia mandado um recado dizendo que se negaria a comparecer neste mesmo Plenário, se convocado por esta Casa, para prestar esclarecimentos sobre o acordo firmado com a ATP e sobre o transporte coletivo em Porto Alegre. Aí temos dois comportamentos diferentes: quando é para aparecer positivo, o Prefeito aceita vir; quando é para dar explicações a que os Vereadores, a opinião pública da Cidade, todos os moradores, todos os cidadãos, têm direito, ele manda um recado dizendo que não quer vir, que não vai vir. Mas disse o Ver. Renato Guimarães que isso não seria óbice. Por isso faço questão de encaminhar este Requerimento.

Repito uma vez mais: embora faça oposição à Administração Municipal, não tenho comportamento de radicalização em nenhum momento, mas pedi ao Ver. Guilherme Barbosa, na Liderança do PT, que, antes, me confirmasse a vinda do Prefeito a esta Casa, atendendo ao que nós votamos, favoravelmente, aqui, por unanimidade: a vinda do Prefeito para ser recebido pela Mesa Diretora, pelas Lideranças. Acertamos, o Ver. Guilherme e eu, a possibilidade da data de 14 de setembro. O Ver. Guilherme hoje está ausente, não podendo, portanto, confirmar essa data, e eu não sei se a Bancada tem essa confirmação, mas eu queria deixar aqui registrado, de público, que há um compromisso do Líder da Bancada do PT para com esta Casa, de que o Prefeito Raul Pont estará aqui no dia 14 de setembro, às 10 horas e 30 minutos, para, recebido pela Mesa e pelas Lideranças, nos falar a respeito do acordo com os ônibus para representação, dentro daquele processo que a Prefeitura tem sido condenada, sucessivamente, em todas as instâncias.

Fora isso, Sr. Presidente, quero ratificar que acho positivo o prêmio reconhecimento dado à Cidade de Porto Alegre. Não é exclusividade de Porto Alegre, tenho a honra de dizer que a Prefeita de PSDB, de Três Passos é uma das destacadas com essa premiação. Mas acho bom que o Prefeito possa conversar conosco sobre isso.

Quero, ao ratificar a minha assinatura através do voto a este Requerimento, ter a expectativa de que o Prefeito tivesse a mesma disponibilidade para vir debater com a Casa outras questões, onde não vai apenas ouvir loas, mas vai ouvir, talvez, o que é da democracia, a crítica. Seria bom para a democracia , seria bom para a Cidade.

Encaminho favoravelmente a este convite, como havia prometido ao Ver. Renato Guimarães. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. João Dib, para encaminhar.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, esta é a Lei Orgânica que juramos cumprir, todos nós, inclusive S. Exa. o Prefeito Municipal. E a Lei Orgânica, art. 57, § 10 diz: é competência privativa da Câmara Municipal, convocar ou convidar o Prefeito.

É clara, precisa, concisa e deveria ser respeitada. Ao Prefeito falta autoridade para dizer que não compareceria, convocado ao Plenário, mas sim numa reunião com a Mesa e as Lideranças fora do Plenário. O Prefeito não tem esta autoridade. A Câmara teve a sensibilidade que faltou ao Prefeito. O Ver. Renato Guimarães propôs que fossem convidados S. Exas., o Sr. Prefeito e o Sr. Vice Prefeito para explicar, para contar e para nos alegrar com a vitória obtida pela Prefeitura de Porto Alegre com a “Associação dos Brinquedos”. É importante, sem dúvida nenhuma, mas não sei por que o Prefeito virá aqui, porque ele não estava quando foram receber o Prêmio; ele estava no Canadá, passeando. Eu até gostaria de saber sobre os frutos canadenses, e até acho que o Vice-Prefeito não tinha necessidade de ir a Brasília para buscar o Prêmio - até fiz um Pedido de Informação para saber quantos Secretários o acompanharam, se é que o acompanharam.

De qualquer forma, com responsabilidade e também com liberalidade, nós vamos aceitar a proposição do Ver. Renato Guimarães, para que venha à Casa, o Prefeito Municipal, que não esteve na oportunidade e que não sabe, por certo, como tudo aconteceu. Ele deve vir com o Vice-Prefeito, e espero até que traga os Secretários que foram a Brasília - se é que foram - para buscar o Prêmio, e que venham nos contar como ganhamos o Prêmio, para honra e glória da Cidade de Porto Alegre. Saúde e paz! Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar o Requerimento nº 194/99.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu quero encaminhar favoravelmente ao Requerimento do Ver. Renato Guimarães, que convida o Prefeito e o Vice-Prefeito para virem à Casa para tratar de assunto relacionado com o Prêmio “Prefeito Criança 1999”.

Preciso colocar a minha estupefação diante da colocação que fez aqui o Ver. Antonio Hohlfeldt. Lembro-me que, quando discutimos um requerimento do Ver. Antonio Hohlfeldt, eu encaminhei contrariamente, dizendo que S. Exa. havia recuado no convite ao Prefeito que, ao invés de vir a este Plenário, ficou definido que o Prefeito compareceria no gabinete da Presidência, onde o Sr. Presidente e as Lideranças o receberiam. Dizia até que ficava mal, muito mal ao PT - Partido dos Trabalhadores, Governo Municipal -  em uma questão complexa daquela, não vir aqui e ir lá.

Então, quando o Ver. Antonio Hohlfeldt diz que o Prefeito mandou avisar que não viria, é mais grave. Penso que essa relação, se é que ela tem essa relação linear existente entre o Legislativo e o Executivo, Ver. João Dib, tem que ser recomposta. O Prefeito pode ser, na forma da Lei Orgânica, convidado, convocado, é da natureza da relação do Poder Legislativo e do Poder Executivo. Então, quando o Vereador traz à Casa essa informação, acho que as coisas têm que ser recompostas. Fica extremamente constrangedor e ruim ao administrador, em uma questão complexa como a dos transportes, o Prefeito vir ao Gabinete da Presidência, juntamente com a Mesa e as Lideranças, e o assunto não ser trazido ao Plenário, mas, em outras questões, o Prefeito vem ao Plenário.

Temos que estabelecer a lógica da coerência. Quando se inaugurou a TV Câmara, e se dizia que a história da Câmara vai até e após a inauguração do Canal 16. É impressionante o número de pessoas que assistem ao Canal 16. Com a veiculação dos trabalhos deste Plenário, deixamos de falar para as paredes. Essa consciência temos que apreender, no sentido de possuí-la. E a população já passa a examinar as nossas ações, e não quero dizer com isso que, no passado, não se fazia, Ver. Giovani Gregol, mas hoje toda uma lógica, todo um perfil e todo um processo passa a ser apropriado pela população. A ação, a coerência e o comportamento do Vereador são apropriados pela população, e, antigamente, as palavras ficavam nas paredes, de vez em quando havia apenas uma nota de jornal, ou uma notícia no rádio ou na televisão. Agora, não! Agora a população se apropria da nossa ação, do nosso comportamento, e esse, para o engrandecimento da cidade, deve marchar pela coerência, pela lógica, sob pena de criarmos situações muito complexas e difíceis.

A vinda do Sr. Prefeito para reunião com a Mesa e Lideranças, no Gabinete da Presidência, já está consumada. Temos que buscar caminhos que percorram a lógica, sob pena de ficarmos, muitas vezes, em situações de contradição. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o Ver. Elói Guimarães fez uma afirmação que julgo muito importante. Ele vem insistindo, com toda a razão, que a visibilidade e transparência das coisas que ocorrem na Câmara são enormes, à medida em que essa nova situação em que vivemos na Casa, com o televisionamento do que ocorre no Plenário, possibilitam que as discussões, que ficavam restritas ao nosso ambiente extrapolem, vão para a opinião pública, que toma conhecimento de detalhes mínimos da nossa atuação. A população vai saber, daqui a pouco, que hoje, neste horário de 12 horas e 30 minutos, há trinta e dois Vereadores discutindo este Requerimento. Requerimento encaminhado pelo Ver. Renato Guimarães convidando o Vice-Prefeito José Fortunati e o Prefeito Raul Pont a comparecerem a esta Câmara Municipal para prestarem esclarecimentos sobre o Prêmio “Prefeito Criança, 1999”, que receberam juntamente com mais cinco prefeituras pelo conjunto de ações desenvolvidas nos últimos anos de governo.

A iniciativa do prêmio é da Fundação ABRINQ, com apoio da UNICEF. Eu apoiei e apóio este Requerimento. Penso que a Câmara não pode temer o diálogo com o Prefeito Municipal. S. Exa. atende ao nosso convite, vem aqui explicar as razões pelas quais o Município foi distinguido com esse prêmio, estamos aqui para ouvi-lo, até para discutir determinados aspectos que, eventualmente, julgarmos necessários. O Ver. Antonio Hohlfeldt inclui uma figura nova nesse debate, esses dois pesos e duas medidas que estamos vivendo. Para discutir com a Casa a celebração do acordo judicial que deu fim à novela da intervenção, o Senhor Prefeito opta por uma reunião de menor proporção realizada no Gabinete da Presidência com as Lideranças da Casa.

Quero dizer ao Ver. Antonio Hohlfeldt que não tenho essa preocupação, penso que o Prefeito deve ter essa preocupação. Se ele quer reduzir, se ele não quer aproveitar o potencial que oferecemos para transmitir a nós, a comunidade e a população esses esclarecimentos, é um direito é que assiste ao Prefeito, que deve ter alguma coisa que ele não quer tornar público. Vamos ouvi-lo no Gabinete da Presidência e colocar para eles num único fórum que ele vai-nos conceder neste particular, as dúvidas que eventualmente tivermos. Mantendo a minha posição favorável à sua vinda, penso que ele deve sempre vir; o diálogo com a Casa e com a Cidade deve ocorrer, Ver. Elói Guimarães. Eu vou respeitar. Se o Prefeito pensa que esse assunto do acordo judicial tem de ficar em um grupo pequeno, ele deve ter as suas razões para que isso ocorra. Nós estamos amarrando a carreira de acordo com os proprietários dos cavalos. Querem acertar que a carreira ocorra no Gabinete da Presidência, então iremos lá.

Diz o Ver. Juarez Pinheiro, Vereador inteligente, que o Procurador-Geral vem aqui. Ora, o meu amigo Ver. Juarez Pinheiro vai reconhecer o mérito do que vou afirmar: no Governo do PT, o responsável não é o mordomo, os fatos quando ocorrem, o responsável é o Chefe do Executivo. Nós lamentavelmente não vivemos no parlamentarismo, vivemos no presidencialismo, onde o Chefe do Poder Executivo é o “Chefe”. Então não tem de vir o preposto, e sim o titular. A decisão é do Prefeito.

Eu penso que o Ver. Antonio Hohlfeldt errou quando convidou o Prefeito para vir aqui para dar esclarecimento. Nós não deveríamos ter essa preocupação. Já que a situação foi colocada dessa forma, fica claro que ouviremos o Prefeito quando ele quiser ser ouvido pelos integrantes desta Casa, ele virá aqui para explicar, porque a Fundação ABRINQ, com o apoio da UNICEF destacou o Projeto, premiando a Prefeitura com o Prêmio Prefeito Criança 1999. Lá, no Gabinete da Presidência, em um grupo menor, ele vai conversar com os Vereadores sobre o acordo judicial com a Associação dos Transportadores de Passageiros, que ganhou na Justiça, e aí o Prefeito fez o acordinho que fez. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Renato Guimarães está com a palavra par encaminhar.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Senhor Presidente e Srs. Vereadores, em primeiro lugar quero ratificar a conversa que tivemos em Sessões passadas com o Ver. Antonio Hohlfeldt no sentido de negociar a intenção e a vontade do Sr. Prefeito de vir a esta Casa apresentar as conversações e negociações feitas com o sistema de transporte público de Porto Alegre, que construiu um acordo extrajudicial resolvendo uma pendenga de muitos anos que não estava julgada, não estava resolvida na Justiça. Isso está encaminhado, e ratificamos aqui que existe um encaminhamento para o Sr. Prefeito vir, aqui, no dia quatorze, trazer o conjunto das explicações que a Casa necessitar. Essas explicações já foram dadas, sem sombra de dúvida, aqui, pela nossa Liderança e aos meios de comunicação, mas, no processo de agendamento da discussão que fizemos, já está marcada a vinda do Prefeito. Essa é a nossa prática de onze anos de administração.

O que eu gostaria de fazer referência aqui é que a Cidade de Porto Alegre, junto com mais quatro cidades, de um conjunto de sessenta e oito cidades que foram pré-selecionadas, ganharam um prêmio de reconhecimento da Nação, de uma entidade que trabalha avaliando o desempenho das prefeituras no atendimento na área da infância, e a nossa Cidade foi selecionada. Ficou entre as vinte primeiras e, num outro processo de seleção, ficou entre as cinco cidades de toda a Nação selecionada como um dos melhores atendimentos na área da infância. A Cidade de Porto Alegre foi premiada. Nós, cidadãos da Cidade de Porto alegre, fomos premiados. O Prefeito e a Prefeitura foram premiados. Mas esse prêmio é de todos nós, para a Câmara de Vereadores, para todas as duzentas e quarenta entidades conveniadas com a Prefeitura de Porto Alegre, hoje, que tem atendimento na área da infância. Toda a cidadania da Cidade de Porto Alegre ganhou esse prêmio da ABRINQ e da UNICEF, pelo reconhecimento que vem-se fazendo aqui na Cidade.

O que estamos propondo é que o Sr. Prefeito junto com o Vice-Prefeito e demais autoridades que desenvolvem esse trabalho voltado para a infância venham à Casa e façam a apresentação e o que chamamos de partilha. Na realidade, esse prêmio precisa ser partilhado com todos os cidadãos desta Cidade, precisa ser partilhado com a Câmara de Vereadores, porque volto a afirmar, é uma vitória da cidadania de Porto Alegre, é uma vitória de todos nós. Quem ganhou não foi a administração tal do partido tal, foram todos os cidadãos de Porto Alegre que ganharam. Portanto, o nosso convite foi com esta intenção, de trazer esta premiação que também é nossa, é do Ver. Renato Guimarães, do Ver. Giovani Gregol, do Ver. Isaac Ainhorn, do Ver. Antonio Hohlfeldt, do Ver. Paulo Brum, do Ver. Luiz Braz, do Ver. Nereu D’Ávila. A premiação é de todos nós, foi a Cidade de Porto Alegre que ganhou. Que bom que nós pudéssemos distribuir a todos os cidadãos da cidade uma réplica deste prêmio que a Cidade ganhou. Sem sombra de dúvida, o que vem-se construindo em Porto Alegre não é só um ganho de uma Prefeitura, de um Prefeito, é um ganho de todos nós. É um orgulho para a nossa cidadania o Prêmio Prefeito Criança de 1999, que a Cidade de Porto Alegre ganhou.

Eu peço a colaboração dos colegas Vereadores no sentido de que a gente aprove este Prêmio.

Com relação ao debate sobre o transporte coletivo, existe, sim, uma negociação, um acordo do Prefeito vir à Casa prestar todos os esclarecimentos possíveis, nada mais óbvio do que isso. Vamos aproveitar esta oportunidade de comemoração do nosso aniversário, enquanto Câmara de Vereadores, e vamos compartilhar deste prêmio da cidadania de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Luiz Braz está com a palavra, para encaminhar, pela Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, o Requerimento, de autoria do Ver. Renato Guimarães.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a Lei Orgânica do Município dá para o Legislativo o poder de convocar ou convidar o Sr. Prefeito Municipal sempre que for necessário, sempre quando ele tiver que dar alguma explicação para a sociedade.

Na última vez em que esta Câmara debateu este problema, quando existia a necessidade de o Sr. Prefeito Municipal explicar para a sociedade um acordo que foi feito com os empresários do transporte coletivo, onde o Município perdeu dez milhões de reais, o Sr. Prefeito Municipal se negava a atender convocação se esta Câmara assim o fizesse. Esta Câmara, mais uma vez, mostrando-se generosa, benevolente, contra a vontade deste Vereador, porque acredito que esta Câmara não tem que ser generosa nem benevolente, tem que ser justa, resolveu fazer um acordo com o Partido dos Trabalhadores para que o Sr. Prefeito Municipal viesse dar explicações em uma sala fechada, lá na Presidência, quando bem entendesse.

Agora, o Prefeito está recebendo um prêmio, “Prefeito Criança”, e como está sendo premiado, então, quer vir ao Plenário da Câmara, porque agora é brilhatura. Só que há muitas crianças ainda no nosso Município que gostariam de viver naquela cidade que aparece na televisão - Cidade Viva - porque aquela “cidade” é muito perfeita e as crianças que estão nas ruas da nossa Cidade, que são maltratadas pelo Poder Público por inação, por omissão, estas crianças, tenho certeza absoluta, não gostariam de votar favoravelmente a que o Sr. Prefeito Municipal viesse aqui, na Casa do Povo, para receber qualquer tipo de homenagem. Para mim, Ver. Eliseu Sabino, Vera. Sônia Santos, Ver. Paulo Brum, Vereadores da Bancada do PTB, não interessa que uma entidade tenha escolhido esta ou aquela Prefeitura para receber qualquer tipo de premiação, para mim o que importa é o que estou vendo nas ruas da minha Cidade e o que estou vendo nas ruas da minha Cidade não merece nenhum tipo de premiação. O Prefeito desta Cidade, pelo que vejo nas ruas, por causa destas crianças abandonadas, não merece nenhum tipo de homenagem da Casa do Povo.

Por isso, a Bancada do PTB vai-se posicionar contrariamente à vinda do Sr. Prefeito Municipal a esta Casa para receber este tipo de homenagem e, se por acaso, esta Casa resolver votar favoravelmente, mais uma vez, e generosamente para com o Sr. Prefeito Municipal, a Bancada do PTB vai-se fazer ausente, porque nós não concordamos que alguém que faz a infelicidade de algumas crianças por causa da sua administração seja homenageado na Casa do Povo; que alguém não aceite a convocação desta Casa para vir prestar esclarecimentos a respeito de dez milhões de prejuízos causados à sociedade; que esse alguém não possa vir à Casa do Povo.

Enquanto o Sr. Prefeito Municipal não respeitar esta Casa; enquanto o Sr. Prefeito Municipal não respeitar a Leio Orgânica do Município; enquanto o Sr. Prefeito Municipal não respeitar essa sociedade, eu acredito que esta Casa não tem que ser generosa para com ele, trazendo-o aqui para que ele brilhe. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal o Requerimento nº 194/99, de autoria do Ver. Renato Guimarães. (Após a apuração nominal.) APROVADO por 18 votos SIM e 04 votos NÃO.

Requerimento nº 114/99, Proc. 1578/99, de autoria do Ver. João Dib, requer constituição de uma Comissão Temporária Especial, com a finalidade de examinar a situação das demandas do Plano de Investimento do Orçamento Participativo.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, consulto V. Exa. se consta dos autos do Processo a manifestação das comissões CEDECONDH e CEFOR.

 

O SR. SECRETÁRIO: Temos a manifestação da CEFOR, pela aprovação, Parecer do Ver. João Carlos Nedel, com voto contra dos Vereadores João Motta e Adeli Sell, aprovado por maioria.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, tenho entendimento que, face ao teor da matéria, em consonância com o Regimento, mais duas comissões têm que se pronunciar: a Comissão de Economia e Defesa do Consumidor e a CUTHAB.

 

O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Gostaria, Sr. Presidente, que esclarecesse a data do ingresso desse Requerimento no Protocolo da Casa, porque, se já faz mais de 30 dias, depois do recesso parlamentar de julho, a solicitação da presente comissão especial, já tendo Parecer da CEFOR, a mim parece um elemento fundamental para que possa se constituir; senão, vamos estar criando óbices permanentes no sentido de criação de comissões especiais temporárias nesta Casa. Obrigado.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, quero fazer um adendo a minha Questão de Ordem. Formulo a Questão de Ordem com base no parágrafo 3º do art. 63, em conformidade com as competências de cada comissão.

 

O SR. PRESIDENTE: O art. 63, Vereador, diz que compete à comissão especial examinar e opinar sobre matéria considerada pelo Plenário como relevante ou excepcional. O que nós estamos em dúvida é se a oitiva da Comissão de Finanças e Orçamento, que é uma opinião abalizada sobre a pretensão do que se requer, se as demais comissões, uma ou mais duas, devam, também ser ouvidas.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, a leitura simples da competência da CEDECONDH e também da CUTHAB deixam claro que há necessidade, é cogente que sejam ouvidas.

O Ver. João Dib, autor do Requerimento, suscetível às nossas argumentações, concorda que seja encaminhado a essas Comissões.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, eu não tenho contrariedade a que as outras Comissões, sugeridas pelo Ver. Juarez Pinheiro, examinem o Projeto, já que o interesse é de todos nós. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE: Então, está solucionado: o Requerimento será encaminhado às outras Comissões.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, sem prejuízo à decisão do Ver. João Dib, requeiro que a Comissão de Constituição e Justiça se pronuncie sobre a questão do Ver. Juarez Pinheiro, para evitar novas situações semelhantes no futuro. Muito obrigado.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, o Requerimento do Ver. Antonio Hohlfeldt precisa ser formalizado de acordo com o artigo nº 94.

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Antonio Hohlfeldt fará na forma do Regimento.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Apenas para ficar registrado, eu agradeço o aprendizado do Ver. Juarez Pinheiro, mas sou Vereador há 17 anos nesta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE: Até porque não poderia haver Parecer, se V. Exa. não colocasse por escrito.

Em função da retirada desse Requerimento da Pauta e nada mais havendo a tratar, convido os Vereadores para a Sessão Ordinária de segunda-feira, no horário regimental das 14 horas, no Largo Glênio Peres. Dia 6 de setembro é a data do aniversário desta Casa, salvo melhor juízo, se o Ver. Lauro Hagemann também não impugnar essa data.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 12h52min.)

 

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